21/02/2018

CRÍTICA | Pantera Negra: WAKANDA FOREVER! - João F.


            Fala, meu povo! Finalmente Pantera Negra chegou aos cinemas nacionais, dirigido por Ryan Coogler (Creed – Nascido para lutar). Trata-se de um dos filmes mais aguardados de 2018, prometendo ser um dos melhores da Marvel, não só por ser o primeiro filme solo de um dos seus heróis mais adorados, mas sim pela questão de representatividade. Mas será que o filme cumpriu sua missão com sucesso?



Na trama, o príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) retorna para seu país africano, Wakanda, uma civilização cuja tecnologia está muito à frente do que o resto do mundo. Uma vez de volta, o T’Challa deve estar pronto a assumir o trono deixado por seu pai (morto no atentado de Zemo em “Capitão América: Guerra Civil”), assim como a identidade de Pantera Negra, o protetor do país. Porém, ele terá que superar muitos obstáculos para atingir seu objetivo de uma vez, tendo em sua cola Ulisses Klaw (Andy Serkis) e o perigoso Killmonger (Michael B. Jordan). A partir de agora, ele deve se unir aos membros de suas forças especiais para impedir que Wakanda entre em crise.


A primeira aparição do Pantera Negra se deu na edição 52 do Quarteto Fantástico, publicada em julho de 1966, onde foi introduzido como adversário da família de super-heróis, até revelar suas verdadeiras intenções e contar sua história. E, depois de mais de cinquenta anos, o reino africano de Wakanda finalmente ganha vida nas telonas, e o resultado ficou incrível, tanto na questão da estrutura quanto do povoamento do local. Boseman se sai novamente muito bem como o herói, algo que eu já esperava, visto que o achei o melhor personagem de “Civil War”. O seu T’Challa é um cara forte e determinado, mas que também tem suas inseguranças e medos, ao dar de cara com situações que não sabe se está pronto para enfrentar.


Toda aquela trama que mostra Wakanda como um país escondido do resto do mundo, jamais conquistado em toda sua história, está presente no longa-metragem, que inclusive também explora a forma como esse país é visto pelo resto do mundo, através do personagem Everett Ross (Martin Freeman).  Por sinal, aqui o agente da CIA é muito melhor aproveitado do que em “Guerra Civil”, onde sua presença foi extremamente desnecessária, mas em “Pantera Negra”, ele teve a chance de mostrar seu real valor, e apesar de começar sendo praticamente um peso morto, no fim Everett prova que foi, de fato, útil, sendo porta-voz de uma das tramas mais interessantes do filme: o ponto de vista dos países considerados “super potências” acerca do que Wakanda de fato representa. 

Acredito que a palavra mais forte para definir o filme seria Representatividade. O Pantera Negra foi o primeiro herói negro a ganhar um gibi solo na Marvel, algo que aconteceu depois do sucesso de sua estreia nos gibis do Quarteto Fantástico, e ao assistir à adaptação cinematográfica dos quadrinhos, essa questão fica ainda mais clara, visto que a produção mostra não apenas os recursos tecnológicos infinitamente avançados de Wakanda, mas também abre um grande espaço para explorar as expressões culturais do país, o que torna este filme bem diferente dos demais filmes do UCM. A questão da representatividade é colocada ainda mais em prática com o desenvolvimento dos personagens, que protagonizam situações que fazem críticas sociais ao exibir uma inversão de valores.



Por falar em crítica, o filme trata de questões praticamente obrigatórias, como o racismo, mas não faz isso de forma explícita, optando  por deixar essas questões implícitas nos diálogos entre os personagens ou até mesmo na forma como o resto do mundo interage com Wakanda. Outro ponto extremamente forte nesse filme é o empoderamento feminino, chegando a lembrar ou até mesmo deixar isso muito mais claro e com mais força do que em “Mulher Maravilha”. Isso é muito bem representado pelas personagens de Lupita Nyong’o (Nakia), Danai Gurira (Okoye) e Letitia Wright (Shuri). 


Esse trio de mulheres fortes e independentes torna o filme ainda mais poderoso, e fica difícil escolher qual das três desempenha melhor esse papel, embora eu admito que a performance de Wright é a minha favorita, interpretando a irmã caçula do protagonista, uma adolescente que possui uma química incrível com T’Challa, além de ser uma cientista brilhante, desenvolvendo equipamentos que colocam Tony Stark no chinelo. Já Nyong’o e Guirira conseguem passar muito bem um ar de liderança, algo muito forte em suas personagens, sendo uma espiã talentosa ou uma guerreira cujo comprometimento é exclusivamente com Wakanda. 


Sobre os vilões, começo dizendo que fiquei satisfeito com a presença deles no filme. Embora eu tenha ficado com um pé atrás em relação a Klaue, visto a extrema importância do personagem como um dos principais adversários do Pantera nos quadrinhos, dá pra levar tudo numa boa, por que Andy Serkis rouba a cena quando aparece, mesmo que seja pouco. Um vilão sarcástico e obcecado, acima de tudo. Mas, não se engane, pois o melhor vilão da Marvel (até então) foi apresentado aqui: Erik Killmonger. Sem exagero, pessoal! Ele é um personagem que apesar de quase imbatível em combate e ser um excelente estrategista, seu maior forte é a motivação. Existem alguns momentos no filme que fazem com que a gente passa a compreender o motivo da sua vingança, ou até mesmo concordar com o seu ponto de vista, mas é claro que as suas ações acabam pesando contra ele. E tudo isso se deve ao Michael B. Jordan, que entrega aqui um dos personagens mais complexos da Marvel até hoje. Diferente da maioria dos vilões do estúdio, Killmonger faz jus a sua “cara de malvadão” sempre presente nos trailers. 


O ambiente em si de Wakanda e a trilha sonora me agradaram bastante, combinando perfeitamente. As cenas de ação também são muito boas, principalmente os duelos pelo trono de Wakanda, embora existam alguns momentos em que torci o nariz, por conta de alguns efeitos que deixam outras cenas de luta muito artificiais. Mas, na maioria das vezes, os caras capricham bastante nas cenas, com algumas sequências que até deixam o espectador um tanto nervoso. Quanto ao humor, – recurso recorrente nos filmes do UCM – aqui isso é muito mais contido, por conta da pegada mais séria, mas que tem seus momentos de “alívio”, sempre da maneira mais natural possível, o que o diferencia bastante do filme anterior do estúdio, “Thor Ragnarok”.


- Considerações Finais:

Portanto, gostaria de deixar claro que “Pantera Negra” é, desde já, um dos melhores filmes de 2018 e, no meu ranking, o segundo melhor da Marvel – pois ainda não derrubou “Capitão América: Soldado Invernal”. É uma produção que vai divertir bastante o espectador, seja um fã ávido de quadrinhos ou aquele mais leigo. Vale ressaltar que apesar de sua trama pegar o gancho deixado no final de “Guerra Civil”, “Pantera Negra” pode ser assistido sem necessidade de consultar os demais filmes desse universo cinematográfico, pois seu enredo é completamente focado em Wakanda. Então, é isso, pessoal! Assistam e tirem suas próprias conclusões. Ah! E antes que eu me esqueça: WAKANDA FOREVER!!!!!!!!!

~ Cena dramática xD



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Um comentário:

  1. Quem praticamente rouba o filme é Michael B.Jordan, que repete a parceria com o diretor Ryan Coogler e brinda o espectador com uma atuação arrebatadora. O espírito de vingança e o ódio estão no olhar e no gestual do personagem Erik Killmonger. Eu vi que ele estrela na adaptação do livro Fahrenheit 451. Na minha opinião, será um dos os mehores filmes de drama de este ano. O ritmo do livro é é bom e consegue nos prender desde o princípio. O filme vai superar minhas expectativas. Além, acho que a sua participação neste filme realmente vai ajudar ao desenvolvimento da história.

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