11/12/2017

|VALE A PENA ASSISTIR?| O Filme da Minha Vida – Joe


   Hey pessoas, beleza? Aqui é o Joe e hoje venho falar sobre um filme nacional dirigido e estrelado por ninguém menos que Selton Mello! Conheçam a história de Tony Terranova (Johnny Massaro) em sua busca por respostas pelo sumiço do pai, enquanto vive uma vida melancólica nas serras gaúchas; Afinal, VALE A PENA ASSISTIR?



   O Filme da Minha Vida narra a história de Tonny Terranova (Johnny Massaro) em sua vida pacata e feliz na Serra Gaúcha, em meados dos anos 60. Ele de fato vive uma vida muito alegre e brilhante, junto com seus amorosos pais – sua mãe brasileira e seu pai um francês – conseguindo levar uma vida muito tranquila durante sua infância. Tony finalmente consegue atingir idade suficiente para estudar na capital, e deixa para trás sua família e cidade, até que conclua seus estudos.
   E de fato conclui, e tempos depois retorna para casa... Mas aquele brilho que deixou em casa não estava mais ali. Toda a festa de sua despedida e votos de felicidade sumiu. Ele volta no trem da cidade, o mesmo em que seu pai parte para retornar à França, sem dar nenhuma explicação. Simplesmente vai, e deixa sua família para trás, até mesmo seu amado filho, por quem tinha tanto respeito e afeto.


   O plot se constrói a partir desse sumiço repentino de seu pai; Por quê? Por que nunca voltou? Por que nunca manteve contato, mandou cartas ou deu sinal que sentia saudades? Aliás, será que sentia saudades? O filme desenvolve-se a partir daí – da tristeza de Tony Terranova e sua mãe, e da melancolia da solidão, mesmo quando rodeado de pessoas. É, em grande parte, sobre crescer e superar, e amar também.

Bom, mas agora vejamos se de fato VALE A PENA ASSITIR:

   Confesso que não sabia o que esperar desse filme (sobretudo porque só soube que iria assisti-lo quando cheguei ao cinema), mas uma palavra que pode defini-lo rápida e brevemente é Confuso. É um filme com bastante potencial e muitas possibilidades, mas que derrapa bastante em seus fechamentos: Ele abre muitas portas e não fecha quase nenhuma.


   A direção de Selton Mello parece fluir, mas só momentaneamente, uma vez que dedica-se fortemente a explorar a solidão de Tony Terranova por tanto tempo, mas que subitamente a deixa de lado, depois de 30/40 min de tela focados unicamente nisso. Não é um filme cabeçudo, e o plot é até bem fácil e simples, mas o filme em certos momentos até tenta se propor a ser um pouco mais poético e ‘declamador’ (como no livro em que foi baseado – Um Pai de Cinema). O que realmente prejudica o filme é sua conveniência e quase a forçação de um “E todos viveram felizes para sempre”. Alguns personagens são até abandonados no decorrer do filme, voltando a aparecer nunca ou só no fim, o que atrapalha bastante a experiência enquanto público espectador, que pela duração e desenvolvimento desses personagens em cena, espera algo mais marcado ou marcante em suas conclusões, mas não; Simplesmente deixam de existir.


   O ponto alto do filme está em sua estética – Fotografia e sons. A fotografia é de tirar o fôlego, e as cenas são muito bem construídas, transparecendo naturalmente o ambiente gelado e ‘interioresco’ representado pela Serra Gaúcha. Os tons dourados do filme são ao mesmo tempo melancólicos e nostálgicos, e muito dizem sobre o tempo e o sentimento dos personagens. É realmente muito lindo. Os sons também são uma incrível curiosidade do filme, parecendo até roubar a cena em certos momentos, e eu nem me refiro a bela trilha sonora, mas ao sons das coisas, dos objetos e da natureza. É a cereja do bolo de todo o filme! É incrivelmente sonoro.

VALE A PENA ASSISTIR?

   Vale. O filme é uma experiência interessante do cinema brasileiro, e representa uma ruptura, e até a mudança do que se pensa sobre cinema quando se pensa em filme nacional. Está ocorrendo uma forte e silenciosa mudança nesse mercado, e é sempre muito válido acompanhar tudo, sobretudo quando se é um amante dos telões. O filme deixa muito a desejar, mas isso não faz do filme uma total perda de tempo ou um completo fracasso... Ainda é uma boa diversão para os dias de ócio ou poucas ideias.


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