Hey
pessoas, beleza? Aqui é o Joe e hoje venho falar sobre um filme nacional
dirigido e estrelado por ninguém menos que Selton Mello! Conheçam a história de
Tony Terranova (Johnny Massaro) em sua busca por respostas pelo sumiço do pai,
enquanto vive uma vida melancólica nas serras gaúchas; Afinal, VALE A PENA
ASSISTIR?
O Filme da Minha Vida narra a história de
Tonny Terranova (Johnny Massaro) em sua vida pacata e feliz na Serra Gaúcha, em
meados dos anos 60. Ele de fato vive uma vida muito alegre e brilhante, junto
com seus amorosos pais – sua mãe brasileira e seu pai um francês – conseguindo
levar uma vida muito tranquila durante sua infância. Tony finalmente consegue
atingir idade suficiente para estudar na capital, e deixa para trás sua família
e cidade, até que conclua seus estudos.
E de fato conclui, e tempos depois retorna
para casa... Mas aquele brilho que deixou em casa não estava mais ali. Toda a
festa de sua despedida e votos de felicidade sumiu. Ele volta no trem da
cidade, o mesmo em que seu pai parte para retornar à França, sem dar nenhuma
explicação. Simplesmente vai, e deixa sua família para trás, até mesmo seu
amado filho, por quem tinha tanto respeito e afeto.
O plot se constrói a partir desse sumiço
repentino de seu pai; Por quê? Por que nunca voltou? Por que nunca manteve
contato, mandou cartas ou deu sinal que sentia saudades? Aliás, será que sentia
saudades? O filme desenvolve-se a partir daí – da tristeza de Tony Terranova e
sua mãe, e da melancolia da solidão, mesmo quando rodeado de pessoas. É, em grande parte, sobre crescer e superar, e amar também.
Bom,
mas agora vejamos se de fato VALE A PENA
ASSITIR:
Confesso que não sabia o que esperar desse
filme (sobretudo porque só soube que iria assisti-lo quando cheguei ao cinema),
mas uma palavra que pode defini-lo rápida e brevemente é Confuso. É um filme com
bastante potencial e muitas possibilidades, mas que derrapa bastante em seus
fechamentos: Ele abre muitas portas e não fecha quase nenhuma.
A direção de Selton Mello parece fluir, mas
só momentaneamente, uma vez que dedica-se fortemente a explorar a solidão de
Tony Terranova por tanto tempo, mas que subitamente a deixa de lado, depois de
30/40 min de tela focados unicamente nisso. Não é um filme cabeçudo, e o plot é
até bem fácil e simples, mas o filme em certos momentos até tenta se propor a
ser um pouco mais poético e ‘declamador’ (como no livro em que foi baseado – Um Pai de Cinema). O que realmente
prejudica o filme é sua conveniência e quase a forçação de um “E todos viveram felizes para sempre”.
Alguns personagens são até abandonados no decorrer do filme, voltando a
aparecer nunca ou só no fim, o que atrapalha bastante a experiência enquanto
público espectador, que pela duração e desenvolvimento desses personagens em
cena, espera algo mais marcado ou marcante em suas conclusões, mas não;
Simplesmente deixam de existir.
O ponto alto do filme está em sua estética –
Fotografia e sons. A fotografia é de tirar o fôlego, e as cenas são muito bem
construídas, transparecendo naturalmente o ambiente gelado e ‘interioresco’
representado pela Serra Gaúcha. Os tons dourados do filme são ao mesmo tempo
melancólicos e nostálgicos, e muito dizem sobre o tempo e o sentimento dos
personagens. É realmente muito lindo. Os
sons também são uma incrível curiosidade do filme, parecendo até roubar a cena
em certos momentos, e eu nem me refiro a bela trilha sonora, mas ao sons das
coisas, dos objetos e da natureza. É a cereja do bolo de todo o filme! É
incrivelmente sonoro.
VALE
A PENA ASSISTIR?
Vale. O filme é uma experiência interessante
do cinema brasileiro, e representa uma ruptura, e até a mudança do que se pensa
sobre cinema quando se pensa em filme nacional. Está ocorrendo uma forte e
silenciosa mudança nesse mercado, e é sempre muito válido acompanhar tudo,
sobretudo quando se é um amante dos telões. O filme deixa muito a desejar, mas isso não faz do filme uma total perda de tempo
ou um completo fracasso... Ainda é uma boa diversão para os dias de ócio ou
poucas ideias.
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