28/06/2017

NS INDICA FILMES: A Pele que Habito - João F.


   Fala, meu povo! A indicação de hoje vai ser POLÊMICA! O filme “A pele que habito” já é bastante conhecido, e desde seu lançamento tem sido considerado uma produção bem chocante, afinal de contas, o filme mexe com vários assuntos dignos de debate, como ambição, psicopatia, obsessão e vingança. 

   A pele que habito é um filme espanhol dirigido por Pedro Almodovar lançado em 2011, sendo um dos meus longas-metragens favoritos. Bem, o longa tem uma pegada de Drama, associado com thriller, contando com cenas bem tensas que chocam pelo realismo cru na forma que são retratadas. O contato que tive com o filme foi recente, através de minha mãe, que assistiu há algum tempo. Quando o assisti, eu nem esperava o tom do conteúdo que seria exibido, e inocentemente acreditava que era uma história de romance.

O filme é estrelado por Antonio Banderas, que na trama vive o cirurgião Dr. Robert Legard, um dos mais bem-sucedidos de sua carreira e uma das principais figuras da medicina. O cara tem sido bastante criticado pelo conselho da comunidade de cirurgiões, devido às suas intenções de criar uma pele extremamente resistente utilizando de métodos completamente contrários aos padrões da medicina. Porém, isso é um pretexto para um dos maiores segredos que esconde: o uso de cobaias humanas em seu experimento ambicioso, na forma de Vera (a atriz espanhola Elena Anaya), uma mulher que vive supostamente encarcerada em sua mansão, vivendo uma paixão intensa com o Dr. Robert. 


   À medida que a história avança, mais segredos são revelados, tendo em vista que o filme é cheio de flashbacks, numa tentativa de justificar as ações dos personagens através do passado de cada um. Vale ressaltar que a trama se desenrola lentamente, com situações inesperadas realmente impactantes. “A pele que habito” é aquele típico filme de arte, se levando muito à sério em todas as cenas, e isso é o que faz com que a produção tenha sua marca registrada. Se você faz parte da geração acostumada somente com filme de mistério cheios de sustos ou gore, sinto dizer-lhe que provavelmente você irá se decepcionar com esse filme, que prefere manter os pés no chão e chocar de outra forma.


   No que se refere ao fato de ser um filme polêmico, a razão para isso está em seu segredo mais inesperado, o qual não irei revelar aqui. Sei que muita gente já assistiu ao longa e sabe muito bem do que estou falando, mas devo avisar que não encha este post com comentários repletos de spoilers, não tire a graça de quem ainda não assistiu “A pele que habito”. Entretanto, quando a trama segue avançando, o espectador se sente um pouco confuso e também desconfiado, já que nem todas as peças do quebra-cabeça se encaixaram, mas o elemento polêmico é o que faz com que filme seja digno de tantos debates levantados por cinéfilos ou admiradores do mundo da sétima arte. 

   O filme é sensacional, daqueles que prende quem o assiste, fazendo com que tentemos desvendar o que está colaborando para os acontecimentos mostrados. E isso se deve à direção extremamente segura, ao roteiro promissor e também ao elenco, com todos entregando performances dignas de aplausos. Banderas  dá um show como Robert Legard, com um personagem que mesmo quando prefere não gastar seu tempo com palavras, deixa claro suas intenções que de boas não têm nada; e Elena Anaya se mostra bastante talentosa ao abordar uma personagem carregada de mistérios, com uma vida aparentemente dividida, tentando lidar com a paixão pelo cirurgião. Anaya representa com muita naturalidade a rotina de sua personagem, que aos poucos vai tendo sua importância na trama levada a topo. Inclusive, pudemos recentemente conferir a atriz em “Mulher-Maravilha”, onde interpreta a antagonista Doutora Veneno. No filme da DC Comics, a performance da atriz lembra muito seu desempenho em “A pele que habito”, com uma mulher cercada de mistérios que esconde um passado doloroso. 

   Recentemente, aqui em Recife, houve uma mostra de filmes do cineasta Pedro Almodóvar, com alguns dos melhores filmes de sua carreira, incluindo este da nossa indicação, acompanhado de debates promovidos por especialistas no assunto. Infelizmente, eu não pude comparecer ao evento, mas tive uma oportunidade recente de assistir a este filme, e após assistir pela segunda vez, decidi fazer uma indicação para vocês.
 
- Considerações finais:

   Logo, fica aqui nossa indicação! Para quem se interessou pelo filme, ele está disponível na Netflix há algum tempo. Devo avisar que “A pele que habito” não é só um filme qualquer, mas sim uma experiência cinematográfica, com aspectos que o diferencia de filmes da indústria hollywoodiana. Ah, fica o recado: O longa não é recomendado em hipótese alguma para crianças, pois trata-se de uma obra com um conteúdo muito forte. O NerdSpeaking recomenda!  


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